29 de jan. de 2011


E é assim. Todos os dias devíamos cometer uma loucura.
Pele na pele. O que nos regia era algo sempre melhor. Vivíamos a nos reinventar a cada tarde. 
A cada beijo o gosto era diferente, a cada toque descobriamos um novo arrepio, uma nova maneira de nunca conter o riso.
Sentada a beira do mar, sinto o cheiro do seu perfume.
Fechando os olhos, foi como se pudesse sentir ainda seu toque, que me arrepia da pontinha do pé, até o interior da minha alma. Era uma sensação de prazer e leveza. Era como se estivesse prestes a tê-lo. Sentia seus lábios beijando desde meus pés até a minha testa. Desnorteada, alucinada.
Era como se estivesse presente,  me surpreendendo, me tomando em seus braços e fazendo-me mulher como tantas outras vezes.
Nossa história parece ser o próprio poema de Luis Camões. " Não era amor, era melhor".